quarta-feira, 5 de junho de 2013

Minha experiência de Leitura

Dizem, e creio que seja verdade, que pais leitores tornam-se exemplos para os filhos que também se tornam leitores. Embora minhas primeiras recordações com o mundo das estórias não seja de meus pais lendo, porque eles não tiveram a oportunidade que tive de ser alfabetizados. Mesmo assim, sempre contavam estórias para mim e para meus irmãos, cheias de aventuras e mistérios. E quando chegou o momento de irmos pra escola, fizeram questão que estudássemos.
E foi lá, naquela escolinha da zona rural junta à minha professora da primeira série que realmente descobri os livros. Com a série Cachorrinho Samba que ela lia para os alunos  em todo final de aula, e com Zezinho o Dono da Porquinha Preta, o Primeiro livro que consegui ler sozinho.  Lembro-me com certa utopia desta época, principalmente sei que todos os livros que li não foram por obrigação, mas por prazer em ler e acredito que isso fez a diferença para que me tornasse um leitor assíduo.
Certa vez, na sétima série, quando a leitura de livros tornou-se uma obrigação para ser cobrado em prova, criei coragem e disse para minha professora de português que não estava gostando de certa obra de Fernando Sabino para achá-la demasiadamente infantil. Surpresa está teve a sensibilidade de sugerir e experimentar outras leituras comigo. Acabei me encantando com Hermann Hesse, e mais tarde redescobri Fernando Sabino em o Grande Mentecapto.
De certa forma tive sorte, e pude descobrir a leitura na hora certa, e me encantar no momento certo, também no momento certo, aprendi a ler por obrigação, mas sem traumas e sofrimento. E como professor, não só posso tentar inspirar meus alunos com tive a oportunidade de ver minha mãe sendo alfabetizada e descobrindo, muito depois de mim, o mundo que um dia ela me permitiu descobrir.

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